A Polícia Federal nesta manhã de sexta-feira (21) deflagrou a Operação Interceptor contra organização criminosa de falsos policiais dedicada ao roubo em rodovias no Paraná. Estão sendo cumpridos 7 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão de pelo menos 15 veículos, além do sequestro de 5 imóveis e bloqueio de mais de 50 contas bancárias usadas pelos investigados. Valores bloqueados podem chegar até R$ 20 milhões.
INVESTIGAÇÃO
A investigação, iniciada há aproximadamente seis meses pela Polícia Federal, tem como alvo a organização criminosa dedicada à prática de crimes de roubo, tráfico internacional de drogas e arma e contrabando e descaminho de eletrônicos e medicamentos e que atua na região da fronteira entre Paraná e Paraguai.
A Polícia Federal vem investigando há pelo menos seis meses com o objetivo da prisão de integrantes da organização criminosa dedicada à prática de crimes de roubo, tráfico internacional de drogas e arma e contrabando e descaminho de eletrônicos e medicamentos e que atua na região da fronteira entre Paraná e Paraguai.
Informações iniciais apontavam que um contrabandista de Cianorte/PR estaria adquirindo produtos importados do Paraguai, como cigarros, eletrônicos e medicamentos, por preços muito inferiores aos que são praticados até mesmo no país vizinho. As suspeitas de que os produtos eram roubados se confirmaram logo no início das investigações.
No curso da investigação a PF identificou um grupo criminoso especializado na prática de roubos nas rodovias e às margens do Rio Paraná. Os criminosos tinham como alvos preferenciais contrabandistas e traficantes que atuam na região da fronteira.
Para viabilizar os roubos, os criminosos se passavam por policiais se utilizando de falsos uniformes, distintivos, coletes e até mesmo falsas viaturas, realizando abordagens de forma extremamente violenta e com emboscadas e sequestro das vítimas. Os investigados também contavam com a cumplicidade de olheiros e batedores, que agiam como verdadeiros agentes duplos, atuando em prol de traficantes e repassando informações aos denominados piratas. Somente nos últimos seis meses o principal receptador e operador financeiro do grupo apresentou movimentação que ultrapassou R$ 9 milhões, movimentação que revela a intensa atuação do grupo investigado.
O dinheiro obtido com as atividades ilícitas, além de possibilitar que os líderes tivessem um padrão de vida incompatível com a renda, também servia para abastecer outras organizações criminosas. A investigação revelou, ainda, que grupo fazia remessas semanais de valores através de depósitos bancários para uma facção criminosa sediada em São Paulo e com ramificações na região de fronteira com o Paraguai.
APREENSÕES
Durante as investigações a PF apreendeu armas curtas e longas, todas com adaptações para aumentar o poder lesivo como kit rajada, adaptador para submetralhadora etc. Além da apreensão de coletes balísticos, uniformes semelhantes aos que são utilizados pela polícia e outros acessórios. As drogas, medicamentos e outros produtos ilícitos roubados pelo grupo eram reintroduzidos no mercado pelos receptadores.