Os golpistas estão enviando mensagens se passando pelo INSS. Os golpistas solicitam os dados pessoais, senhas e número dos cartões dos segurados. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) alerta sobre este novo tipo de golpe em que criminosos ligam para aposentados e pensionistas, orientando para que façam a prova de vida on-line, por causa da pandemia. O órgão pede que os segurados não forneçam informações ao receberem esse tipo de contato. A autarquia tomou ciência do golpe por meio de denúncias de segurados.
Na ligação fraudulenta os criminosos informam todos os dados pessoais da vítima no qual é enviada uma mensagem, por WhatsApp, pedindo para que o beneficiário envie uma foto de um documento para finalizar o processo. Os dados obtidos pelos fraudadores podem ser conseguidos através de diversas formas, como cadastro voluntário das vítimas em sites falsos criados com o propósito de roubar informações pessoais. A técnica é conhecida como phishing (pescar, em inglês). Ou, ainda, através do vazamento ilegal de dados de instituições financeiras, empresas e cadastros do governo. Hoje já inúmeras formas de vazamento de dados e os criminosos se aproveitam. “Tudo que precisam é de um documento digitalizado para completar a solicitação de um cartão de crédito ou para abrir uma conta digital, por exemplo” explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.
De acordo com o especialista, a abertura de uma conta digital foi muito facilitada pela entrada das fintechs no mercado, mas mesmo nos bancos tradicionais o procedimento já pode ser feito apenas com o envio da foto do documento do cliente. O criminoso pode usar essa conta para receber dinheiro de fraudes em nome do segurado ou ainda para emitir boletos que também serão usados em outros golpes.
INSS
O INSS recomenda que, em caso de recebimento desse tipo de ligação, o segurado desligue o telefone e não forneçam nenhuma informação. “Fornecer dados a golpistas é perigoso, uma vez que eles podem usar as informações pessoais para cometer outros atos ilícitos, como empréstimos consignados não autorizados pelo segurado”, esclareceu o instituto, ressaltando que “não faz contato por telefone para procedimento de prova de vida”.