CORUMBÁ-MS (Correspondente) – A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (9) a Operação Asclépio contra grupo criminoso voltado a prática de crimes contra o Sistema Financeiro na fronteira Brasil/Bolívia. O objetivo é desarticular uma associação criminosa formada por cinco pessoas, sendo quatro delas membros de uma mesma família. Eles realizavam ocultação de bens decorrentes da prática dos crimes de Evasão de Divisas e Operação de Câmbio não autorizada.
MANDADOS
A operação visa dar cumprimento a seis Mandados Judiciais de Busca e Apreensão e a dois de Prisão Preventiva. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Pontes e Lacerda/MT, Penedo/AL e Teixeira de Freitas/BA. Foi determinado sequestro de bens dos investigados.
INVESTIGAÇÃO
A investigação se iniciou após os genitores de referida família serem presos em flagrante tentando adentrar em território Boliviano, pela fronteira entre as cidades de Corumbá/MS e Puerto Quijarro/Bolívia, transportando R$ 20.500. Durante a elaboração do flagrante, o filho do casal pediu para seu amigo retirar certa quantia localizada em uma residência na cidade de Corumbá/MS, momento em que este foi surpreendido na posse de grande volume em espécie. Foram apreendidos um total de R$ 150 mil. Dois dos alvos, que eram amigos, cursavam medicina na cidade boliviana de Puerto Quijarro, aproveitando-se do trânsito diário na fronteira Brasil/Bolívia, para praticarem crimes contra o Sistema Financeiro.
Durante as investigações foram verificadas movimentações financeiras atípicas, totalmente diversas das atividades supostamente exercidas pelos investigados. Ao todo os criminosos movimentaram R$ 26,8 milhões, entre 1/1/2017 e 30/9/2018.
NOME DA OPERAÇÃO
O nome da Operação Asclépio vem do nome atribuído ao deus grego da medicina. Os mitos do paganismo greco-romano personificam Asclépio como um médico ou curandeiro, o qual sempre portava um bastão com uma serpente enrolada. O bastão de Asclépio tornou-se símbolo da medicina contemporânea e tem sido ostentado, inclusive, pelos principais investigados nesta operação policial, dado que, à época dos fatos, estudavam medicina no país boliviano.