A Justiça condenou o casal Olarte por lavagem de dinheiro na compra de imóvel. Gilmar Antunes Olarte foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro relacionado a compra de imóvel no Residencial Damha2. Na aquisição os valores chegariam a R$ 1,5 milhão. A sua esposa, Andreia Olarte está condenada pelo mesmo crime e sentenciada a 4 anos e 3 meses em regime semiaberto.
Os outros dois réus no processo são o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida e Evandro Simões Farinelli ambos condenados por 3 anos e 6 meses de reclusão e pagamento de 15 dias-multa, em regime aberto. Ação é em decorrência a Operação Pecúnia, deflagrada pela Polícia Civil no dia 15 de agosto de 2016.
As investigações começaram após dados obtidos em quebra de sigilo bancária da ex-primeira dama e também de sua empresa; a Casa da Esteticista no qual apontam que ela teria adquiridos diversos imóveis na Capital na época em que seu marido era o então prefeito da Capital na gestão de março de 2014 a agosto de 2015.
SENTENÇA
Sentença dada no dia 23 de novembro, pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho. E publicada na edição desta terça-feira (8) no Diário Oficial da Justiça. Aos condenados foi concedido a direito de recorrer em liberdade.
PROCESSO
No processo consta que o “laranja” foi Evandro Farinelli na compra do imóvel e encabeçando a obra do terreno. Área comprada em 2014 pelo valor de R$ 250 mil. Já o corretor Ivamil de Almeida intermediou toda a negociação e auxiliou os pagamentos das parcelas à vista. Após a construção do imóvel orçada em R$ 1,3 milhão no qual foi paga por parte dos valores cerca de R$ 650 mil. A obra foi suspensa posteriormente.
TESTEMUNHOS
O juiz se avaliou em base nos testemunhos que evidenciaram que o casal Olarte é o legítimo dono do terreno do Damha 2. Andréia teria participado das reuniões com o construtor e a arquiteta contratada a partir do dia 15 de janeiro de 2015. Os valores pagos foram dissimulados de “infrações praticadas” por Gilmar Olarte, assim considerou a decisão do magistrado.
CONTESTAÇÃO
O Casal Olarte e os demais envolvidos negam a relação ilícita. Evandro Farinelli declarou no processo que comprou o terreno por indicação de Andreia Olarte e disse ainda não ter condições financeiras de arcar com o valor pedido. “Se Andréia e Gilmar não possuíam R$ 250 mil para comprar o terreno, como teriam R$ 2 milhões para adquirir a casa?”. Esse foi o questionamento do juiz. O magistrado alegou que a versão apresentada “não é nada convincente”.
IMÓVEL
Na decisão do Juiz foi decretado o perdimento do imóvel do condomínio Damha II e a alienação antecipada. A fim de evitar que o imóvel se deteriore e perca valor no mercado imobiliário.