A Polícia Militar Ambiental e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) iniciaram hoje (8) às 8h00, um curso de preparação de animais para a taxidermia, comumente chamada de empalhar animais. O curso de extensão com 20 horas/aulas visa a retirar toda a carne do animal afetando o mínimo possível para poder realizar a conservação e depois taxidermizá-lo.
De fato, essa é a primeira fase da taxidermia. A limpeza da carne para preparação da pele. Na técnica, vira-se o animal pelo avesso, com o menor corte ventral possível, mantendo somente o crânio e parte óssea das patas, que possibilita depois se anexar arames para permitir que o animal possa ficar em pé, quando empalhado (taxidermizado), ou outra posição. Depois de preparados, os animais sem a carne serão conservados em um produto. O curso vai até sexta-feira (11) e participam alunos de biologia e medicina veterinária.
Nesta semana estão sendo tratados espécimes de onça-pintada, onça-parda, lobo-guará, cutia, paca, jaguatirica, anta, entre outros. No ano que vem (2021) será realizado outro curso para a montagem (taxidermia) dos animais, que serão utilizados em trabalhos de Educação Ambiental.
OBJETIVO DO CURSO DE TAXIDERMIA
O Curso de Taxidermia objetiva aos alunos o aprendizado, primariamente de anatomia, mas também de uma profissão, tendo em vista que taxidermistas são procurados no mundo todo para trabalharem principalmente em museus, o que não impede de montarem outros animais que não tenham restrição de captura e abate, peixes por exemplo e montá-los para a venda, animais de estimação, quando as pessoas preferem conservar seus bichos ao morrerem.
Para a PMA, o trabalho de taxidermia é montar museus itinerantes de educação ambiental para ter atrativos às crianças e adolescentes no sentido de se discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos e não na natureza cumprindo seu papel ecológico. Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da Polícia Militar Ambiental extremamente requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas nos trabalhos. Também há outras oficinas, com discussões de outros temas, como: oficina de reciclagem (em que se discute a questão dos resíduos sólidos), do ciclo da água (discutem-se recursos hídricos), a casinha da energia (Maquete usada para se discutir sobre os tipos de produção de energias e seus impactos, bem como energias as renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (discutem-se sobre desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.).
Além disso, é apresentado o teatro de fantoches, com peças discutindo esses, e vários outros temas ambientais. A PMA trabalha atualmente em média 20 mil alunos por ano em escolas da Capital e interior.